segunda-feira, maio 14, 2007

Vale a pena


É fácil quando a universalidade corre bem. Dei por mim em caminhos menos próprios. Em veredas consumistas. Retiravam a cada passo meu, um pouco do ser que me constitui. Choveu sem cair uma única gota para alimentar a terra. Choveu torrencialmente. Atreveram-se os raios a atravessar os céus num guincho sufocante. Era uma obra fantástica, uma imensidão de sentimentos que se sentiam em todo aquele quadro pitoresco. Chocavam entre si. Abalroavam-se constantemente. Um “magoas-te alguém, a mim passou-me ao lado” ecoava por todos os lugares que merecem ser chamados disso mesmo. Lugares. Em todo aquele cosmos sentia-se o preço de nada “ter passado ao lado”. Lá naquele espaço, tomou-se consciência das consequências da sua entrega total. Do mostrar cada pétala, muro, escombro ou até mesmo insecto que ali se encontrava. Porque as coisas só têm piada quando são vividas no mínimo a dois. E a desilusão de ver desmascarada a pessoa a quem desvendaste isso tudo não deveria existir. Não deveria existir. Quem é capaz de ultrapassar tudo, até ás suas próprias autodefesas, em função de uma só pessoa, não deveria poder sentir isso. Mas pode.
Hoje só quero dizer-te que hão-de existir sempre existir bons ou maus momentos, mas em cada um deles eu vou amar-te incessantemente.
Vale a pena dar-te tudo!

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